domingo, 26 de novembro de 2017

O CÉLEBRE PERSONAGEM DE DANIEL DEFOE NAUFRAGA EM MARTE

O ilustre autor da Inglaterra setecentista jamais imaginaria que um dos personagens mais famosos de sua lavra naufragasse tão longe de casa e do planeta de origem. Nos anos dourados e quentes da corrida espacial, os roteiristas John C. Higgins e Ib Melchior adaptaram o romance de Daniel Defoe para o universo da ficção científica e transformaram Robinson Crusoé em prisioneiro do pouco aprazível planeta Marte. O nome do protagonista da realização do diretor Byron Haskin é Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee). Fica literalmente em maus lençóis após a pane provocada por um meteoro na nave espacial Mars Gravity Probe 1. O problema resulta na morte do companheiro Dan McReady (Adam West). Mais da metade na narrativa é sustentada pela atuação solitária de Mantee contra o pano de fundo da desolada paisagem marciana. Procura meios para sobreviver e tenta não enlouquecer com o contexto. A situação só não piora por contar com a companhia de Mona — macaca aranha de teste que sobreviveu ao impacto com o planeta — e pela possibilidade de comunicação com a base de operações em Terra. Evidentemente, Marte proporcionará ao náufrago a companhia de um Sexta Feira (Victor Lundin). Um dos principais atrativos do filme é a direção de fotografia do fordiano Winston C. Hoch: converteu as locações, principalmente o californiano Vale da Morte, em crível paisagem alienígena. Dentre os filmes de ficção científica anteriores a 2001: uma odisseia no espaço (2001: a space odyssey, 1968), de Stanley Kubrick, Robinson Crusoé em Marte (Robinson Crusoe on Mars, 1964) é dos mais atraentes, ainda mais para uma criança que acompanhava com vivo interesse os lances e a nomenclatura da corrida espacial. Vê-lo em 1966, aos 10 anos, foi acontecimento dos mais empolgantes. O diretor Byron Haskin, familiarizado com o gênero, é responsável pelo também memorável A guerra dos mundos (The war of the worlds, 1953). Quando Mark Watney (Matt Damon) se viu abandonado no planeta vermelho no recente Perdido em Marte (The Martian, 2015), de Ridley Scott, poderia permanecer tranquilo. Tinha o ilustre precedente de Christopher 'Kit' Draper em Robinson Crusoé em Marte. Segue apreciação escrita em 1976. 






Robinson Crusoé em Marte
Robinson Crusoe on Mars

Direção:
Byron Haskin
Produção:
Aubrey Schenck
Devonshire Productions, Paramount
EUA — 1964
Elenco:
Paul Mantee, Victor Lundin, Adam West, Macaco aranha Barney.



Na prancheta, durante a concepção de A conquista do espaço (Conquest of space, 1955)
O diretor Byron Haskin, Chesley Bonestell e Willy Ley - autores da história - e o produtor George Pal
 



Para a época anterior a 2001: uma odisseia no espaço (2001: a space odyssey, 1968), de Stanley Kubrick — quando toda uma atmosfera envolvida em temor e otimismo agitava os anos ainda iniciais da corrida espacial disputada por soviéticos e estadunidenses no quente momento da Guerra Fria —, este filme é primorosamente delicioso. Assisti-lo em 1966 foi uma experiência ímpar. Era uma criança que acompanhava com vivo interesse notícias sobre Vanguard, Echo, Intelsat, Mercury, Telstar, Gemini e Apollo pelo lado ocidental; além de Sputnk, Luna, Venera, Vostok, Voskhod e Soyuz pelo vermelho. “A Terra é azul”, afirmou maravilhado o cosmonauta russo Yuri Alekseievitch Gagarin a bordo de uma Vostok em 12 de abril de 1961. Estávamos rompendo os limites da nossa atmosfera e começando a acumular algum conhecimento de base empírica sobre mundos próximos: Lua, Marte e Vênus já eram visitados e explorados por sondas espaciais. No auge da audácia, o assassinado Presidente dos EUA John F. Kennedy afirmou: o país enviará homens à Lua até o final da década de 60. Esforços não seriam poupados para transformar essa pretensão em realidade — cumprida em 1969 — e, temerariamente, escalar Marte como o próximo corpo celeste a ser pessoalmente alcançado.


Robinson Crusoé em Marte é, para a primeira metade dos anos 60, uma ousada e — por que não? — plausível aventura de ficção científica — em tudo alimentada por esperanças suscitadas pela ciência em descobertas até então recentes. Logo ao começo tem a coragem de informar: “Este filme é cientificamente autêntico. Está apenas a alguns passos à frente da realidade presente”. Hoje, certamente, a mensagem otimista da abertura não mais se sustenta. Os próprios avanços da ciência derrubaram muito conhecimento considerado objetivo e de ponta para a época da realização. Infelizmente, a ficção científica mais ousada corre sempre o risco de ser superada pelo desenvolvimento da pesquisa. Ainda assim, historicamente, Robinson Crusoé em Marte não deixa de ser a materialização de previsões que cativaram e embalaram projetos e sonhos em um dado momento. Quanto foi produzido, era um filme perfeitamente afinado com as conjecturas e dados embrionários acerca de Marte. Adiantou uma imagem perfeitamente possível do que poderia ser uma exploração humana no solo do místico planeta vermelho. Por isso, mesmo com o avanço dos anos, pode ser classificado como inteligente produto da ficção científica materializada pelo cinema. A narrativa, brilhantemente executada contra o pano de fundo de uma cenografia das mais impressionantes, transforma as locações nas quais as externas foram obtidas — o Castle Dome Peak em Yuma, no Arizona, e, principalmente, o californiano Death Valley National Park — em ambientações exóticas plenamente verossímeis.


A realização de Byron Haskin também pode ser considerada divisora de águas no fértil terreno do gênero, desde os anos 50. Não envolve o chamamento de cientistas e governantes à responsabilidade social e política como O dia em que Terra parou (The day the Earth stood still, 1951), de Robert Wise. Escapa das abordagens metafísicas de Planeta proibido (Forbidden planet, 1956), de Fred M. Wilcox, e O incrível homem que encolheu (The incredible shrinking man, 1957), de Jack Arnold. Não adapta livros clássicos sobre ousadas antecipações futuristas qual A máquina do tempo (The time machine, 1960), de George Pal. Muito menos serve de metáfora ao extravasamento de pavores políticos ocidentais como Voando para Marte (Flight to Mars, 1951), de Lesley Selander; Marte, o planeta vermelho (Red planet Mars, 1952), de Harry Horner; Invasores de Marte (Invaders from Mars, 1953), de William Cameron Menzies; O cérebro do planeta Arous (The brain from planet Arous, 1957), de Nathan Juran; Invasão dos discos voadores (Earth vs. the flying saucers, 1956), de Fred F. Sears; A guerra dos mundos (The war of the worlds, 1953), de Byron Haskin; e, entre muitos outros, o assustador e próximo Vampiros de almas (Invasion of the body snatchers, 1956), de Don Siegel. Como o próprio título indica, Robinson Crusoé em Marte é livre transposição para o espaço sideral do clássico romance de Daniel Defoe, escrito em 1719. Como o original, é uma aventura sobre sobrevivência, solidão, adaptação, confiança, amizade e esperança em situação de adversidade. Ah! Sim! Um personagem batizado como Sexta Feira também dá as caras em solo marciano.


Byron Haskin não é estranho à ficção científica. Dirigiu, 11 anos antes, uma adaptação do clássico livro de H. G. Wells: o homônimo A guerra dos mundos. Também fez A conquista do espaço (Conquest of space, 1955) e Da Terra à Lua (From the Earth to the Moon, 1958). Tornou-se, em 1950, pioneiro do lançamento da Walt Disney Productions nos filmes live-action com A ilha do tesouro (Treasure island, 1955). Foi, ao longo de quase 20 anos, desde 1925, expert em efeitos especiais — principalmente para a Warner Brothers —, qualidade que o favorecia à frente de um projeto como o de Robinson Crusoé em Marte. Porém, as trucagens não são o forte do filme — pois a Paramount reduziu a previsão orçamentária inicialmente substanciosa. Tanto que as exigências de maior vulto com a criação de efeitos foram resolvidas com a reciclagem de materiais de A guerra dos mundos — as naves alienígenas — e Da Terra à Lua — os trajes espaciais nos quais os escravagistas siderais são rapidamente mostrados. Quase todo o resto decorre da aplicação de simples exercícios pirotécnicos. Portanto, Robinson Crusoé em Marte arranha o patamar da produção B — o que não deixa de ser interessante: leva ao uso mais inteligente e preciso da imaginação.


Um dos principais valores por trás da magia da realização é o talentoso diretor de fotografia Winston C. Hoch, responsável pelas imagens de clássicos de John Ford como O céu mandou alguém (3 godfathers, 1948), Legião invencível (She wore a yellow ribbon, 1949), Depois do vendaval (The quiet man, 1950) e Rastros de ódio (The searchers, 1956). Transformou a paisagem árida e acidentada do Death Valley National Park em crível representação do que poderia ser o relevo marciano. Garantiu ao filme um dos mais belos e instigantes visuais de ficção científica do período — se é que se pode falar disso para um planeta de aparência pouco convidativa. Além das imagens da superfície, há as cavernas, escarpas, cores maravilhosas e reluzentes de interiores, rochas, céus, horizontes e crepúsculos.


Infelizmente, para o lançamento a Paramount cometeu a ousadia de não promover uma campanha à altura. Tratou o filme como qualquer produção corriqueira. O resultado foi o fracasso de bilheteria. Pena! Tinha, naquele preciso momento, potencial para cair no gosto do público. Aliás, os próprios executivos da companhia e o produtor Aubrey Schenck ficaram maravilhados com o produto final. Chegaram a planejar uma espécie de continuação, ao fim cancelada: Robinson Crusoe in the invisible galaxy.


A aventura começa com a nave Mars Gravity Probe 1 em veloz avanço a uma operação de circum-navegação do planeta vermelho. A bordo estão o Comandante Christopher 'Kit' Draper (Mantee), o Coronel Dan McReady (West) e Mona (Barney) — macaca aranha de teste pronta para qualquer sacrifício. Felizmente, caiu nas boas graças da tripulação e será poupada.


Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee), comandante da Mars Gravity Probe 1 

Dan McReady (Adam West) e Mona (macaco aranha Barney)

A esperta Mona (macaco aranha Barney)


Um asteroide flamejante entra em rota de colisão com o veículo. Este, após rápida alteração no curso, é irremediavelmente atraído pela gravidade do planeta — contra o qual pode se chocar. Aparentemente, o problema parece não afetar os astronautas — devem ter passado por diversas situações idênticas ou tiveram condicionamento dos melhores! Calmamente, abandonam a Mars Gravity Probe 1 em módulos individuais, em tudo semelhantes aos utilizados na exploração da superfície lunar pelo Projeto Apollo cinco anos depois. Draper é o primeiro; a seguir, juntos, McReady e Mona.


As cápsulas pousam distantes uma da outra, em terrenos acidentados e instáveis. De imediato, há a preocupação com a sobrevivência. Parte do equipamento emergencial de Draper é queimada por uma das muitas bolas de fogo que flutuam próximas à superfície marciana. O ar local é respirável por curtos momentos. A princípio não há água e alimentos no planeta. Abrigado emergencialmente em uma gruta, o astronauta conta com alguns tubos de comida pastosa concentrada e balões de oxigênio para sessenta horas. As explorações perigosas que faz no entorno nada revelam de substantivo, a não ser uma pedra amarela, porosa e incandescente. Os problemas com a iluminação e o aquecimento noturno — quando a temperatura diminui abruptamente — estão resolvidos. Quanto ao mais, percebe-se uma monótona aridez por todos os lados. O aparelho portátil de comunicação com a Terra felizmente funciona. Pelo visto, dispensa bateria e outras fontes de energia. De concreto, só se presta a rápidas e frustrantes conversações que diminuem a angústia da solidão. O sofrimento do náufrago aumenta com a permanente visão da Mars Gravity Probe 1 cruzando o céu marciano. A nave não colidiu com o planeta. Foi apenas aprisionada em sua órbita. Transformou-se em incômodo satélite.


Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee), diante do módulo espacial, chega em Marte


Mais seguro, Draper sai em busca de McReady. Encontra-o morto. Apenas Mona sobreviveu ao pouso e, felizmente, não tem restrições para respirar o rarefeito oxigênio do planeta. Uma sensação de desânimo se apossa do personagem. Deixa-se tomar pelo sono da morte. Entretanto, é renovado por um sopro vital. Descobre que as pedras incandescentes processam oxigênio. Logo encontra um modo de armazená-lo em grande quantidade. Com a providencial ajuda de Mona, que parece não sentir fome e sede, descobre nas proximidades outra caverna — um abundante reservatório de água em meio ao qual cresce um vegetal de frutos comestíveis e semelhantes a salsichas.


A sobrevivência no longo prazo desse Robinson Crusoé está assegurada. Passaram-se quatro meses. Com engenho e todo o tempo disponível, transformou a caverna de simples abrigo em residência das mais operacionais, abastecida com água canalizada e alimentos cultivados ao alcance da mão. Das pedras esculpiu mesa, cadeiras, panelas e pratos. O vegetal das "salsichas" fornece fibras transformadas por tecelagem rudimentar em eficazes agasalhos.


Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee) sepulta Dan McReady (Adam West)


O grande interesse do filme, em sua primeira parte — de aproximados 60 minutos —, é garantido pelo ótimo desempenho de Paul Mantee como um sobrevivente que, auxiliado por sorte e engenho, descobre e inventa meios para permanecer vivo. O problema central, agora, é o desconsolo da solidão. Em uma noite acorda assustado com batidas à porta do abrigo. Depara-se com o fantasma mudo de McReady. Tenta desesperada e inútil comunicação com o espectro, até se descobrir vítima de um pesadelo. Por sorte, pode "conversar" com Mona e, em alguns períodos, com a Terra via aparelho de comunicação. Este misto de telefone e televisão se revelou uma alternativa plenamente cinematográfica para informar ao longínquo centro de operações — e de quebra ao espectador — os meios encontrados para solucionar determinados problemas. No mais das vezes o que se vê é o ator contracenando com ele mesmo, ou interagindo com a paisagem. Um dos melhores momentos, ao fim da primeira metade do filme, apresenta Draper em desfile Marte afora e na execução de Dixie em uma gaita de foles improvisada, como se buscasse avidamente por algum aplauso e reconhecimento. Nisso, por volta dos 65 minutos de narrativa, faz inquietante descoberta.


Encontra restos mortais mal enterrados. Não são de McReady, mas de alguém assassinado. Ao sofrimento provocado pelo isolamento se junta o paradoxal pavor de não estar só e em situação de risco. Consegue, por precaução, destruir remotamente a Mars Gravity Probe 1 da órbita incansável. Não demora a perceber estranhos e belicosos objetos voadores — as naves de A guerra dos mundos — imediatamente chamados de "interplanetários". Pipocam no céu marciano e disparam cargas mortais de algo semelhante a raios laser contra a superfície. Levado a uma investigação arriscada, descobre uma exploração mineira tocada por trabalho escravo. Logo é encontrado por um evadido caçado pelas naves. Não há tempo para reações prolongadas de surpresa. Devem se abrigar o quanto antes.


As naves dos alienígenas belicosos, recicladas de A guerra dos mundos (The war of the worlds, 1953), de Byron Haskin


Seguros na caverna, passam a se conhecer. A comunicação é inicialmente difícil. O estranho demonstra medo e não fala. Draper tenta tranquilizá-lo e, evidentemente, batiza-o de Sexta Feira (Lundin). É natural de um planeta da constelação de Orion. Veste algo como um bermudão e protege a cabeça com um tipo de capuz. Para respirar, vale-se de pílulas fornecidas pelos escravagistas e semelhantes a confeitos de chocolate. Produzem oxigênio e o transportam diretamente ao sangue sem a intermediação dos pulmões. A relação, inicialmente assimétrica e marcada pela cautela, torna-se mais equilibrada quando o recém-chegado começa a falar e a explicar a situação e, principalmente, após salvar a vida do terrestre.



Acima e abaixo: Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee) e Sexta Feira (Victor Lundin)


Juntos, Draper e Sexta Feira fazem o reconhecimento da área e chegam ao campo de trabalho forçado, agora abandonado. Infelizmente, todos os escravos foram mortos. Sabem que as naves podem retornar e, por isso, precisam abandonar a região rapidamente. Nisso, vulcões entram em erupção. Sexta Feira adianta que os rios de lava são responsáveis pela formação dos famosos e enigmáticos canais no solo marciano. Empreendem acidentada jornada rumo a um dos pólos gelados do planeta, sob risco da falta de água e do racionamento de oxigênio. Quando tudo parecia perdido, chega da Terra a nave de resgate.


A bordo da Mars Gravity Probe 1: Dan McReady (Adam West) e  Christopher 'Kit' Draper (Paul Mantee) no visor


Ao fim, apesar de todas as previsibilidades da história — decorrentes do conhecimento do romance de Daniel Defoe —, sobra um filme muito bem concebido e, na medida permitida pela ciência e pela ficção, bastante preciso. As soluções encontradas pelo náufrago espacial para garantir a própria sobrevivência são bastante factíveis e todas decorrem da combinação do acaso com o engenho, ainda que algumas vezes advenha a impressão de que a força externa de um Deus Ex Machina estivesse operando decisivamente. Por mais de 60 minutos a solitária atuação de Paul Mantee soube segurar o interesse pela narrativa. Conseguiu transportar os espectadores para o centro da dramática situação que vivenciava. É o que pode ser classificado como o máximo de empatia. Convenceu dramaticamente, principalmente ao alucinar com a visão do fantasma de McReady na caverna. Victor Lundin também faz uma condizente Sexta Feira, apesar da pobreza conceitual dos adereços que usa. Os roteiristas John C. Higgins e Ib Melchior foram particularmente felizes quando permitiram que se expressasse verbalmente numa língua feita de sinais e termos da extinta cultura Maia. Lundin passou a impressão de ser um ator talentoso. Valeu-se dos olhos e das expressões faciais para transmitir sensações de insegurança e estranhamento nos momentos que se seguiram ao encontro com Draper. Inicialmente não falava e nem por isso teve que apelar para esgares exagerados e gesticulação excessivamente apavorada. Infelizmente, Mantee e Lundin não tiveram muito sucesso em suas carreiras. Poderia ser diferente se a Paramount não cometesse o despautério de prejudicar o lançamento de Robinson Crusoé em Marte.





Roteiro: John C. Higgins, Ib Melchior, com base em Robinson Crusoe, novela de Daniel Defoe. Direção de fotografia (Technicolor, Cinemascope): Winton C. Hoch. Música: Van Cleave. Montagem: Terry O. Morse. Produção executiva: Edwin F. Zabel. Consultor técnico: Edward V. Ashburn. Maquiagem: Bud Bashaw Jr., Wally Westmore. Efeitos especiais: Lawrence W. Butler. Processamento fotográfico: Farciot Edouart. Assistentes de direção: Robert Goodstein, Arthur Jacobson. Som: Harold C. Lewis, John Wilkinson. Direção de arte: Arthur Lonergan, Hal Pereira. Consultor de cor pela Technicolor: Richard Mueller. Edição de som: Howard Beals (não creditado). Arte matte: Albert Whitlock (não creditado). Assistente de câmera: Murray Young (não creditado). Músicos (não creditados): Larry Bunker (tambores), Jack Cookerly (órgão), Ivan Ditmars (órgão), Red Mitchell (baixo), Ted Nash (saxofone). Mixagem da trilha musical: Michael J. McDonald (não creditado). Orquestração: Fred Steiner (não creditado). Direção musical: Irvin Talbot (não creditado). Empresa de criação de efeitos especiais: Butler-Glouner. Sistema de mixagem de som: Westrex Recording System. Tempo de exibição: 110 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1976)