domingo, 25 de março de 2018

CARLO COLLODI FICARIA SATISFEITO COM O PINOCCHIO DE STEVE BARRON

Esqueçam o desenho animado Pinóquio (Pinocchio, 1940), dirigido por Ben Sharpsteen e Hamilton Luske para a Walt Disney Productions. É clássico indiscutível e possui lugar garantido na história do cinema. A apreciação da vez neste blog diz respeito a outra adaptação cinematográfica do conto escrito pelo italiano Carlo Collodi em 1883, com propostas e resultados inteiramente diferentes. Também guarda maior fidelidade com o original. É o misto de animação mais convencional com a encenação live-action; um esforço de produção que reuniu Inglaterra, República Tcheca, Estados Unidos, França e Alemanha: As aventuras de Pinocchio, o filme (The adventures of Pinocchio, 1996), de Steve Barron. É realização discreta com excelente aproveitamento dos melhores recursos da imaginação, tanto nos aspectos dramáticos quanto cinematográficos. Tem a vantagem de se valer dos efeitos especiais e das facilidades da computação gráfica exclusivamente como acessórios para conferir dinamismo e encanto à narrativa, sem sobrepujá-la em momento algum. Atualmente, sumiu das vistas e goza de injusto esquecimento. Confesso que a vi cercado de desconfianças. Compareci ao cinema com o único propósito de acompanhar a filha de 8 anos. Entretanto, a experiência foi das mais compensadoras. Além da satisfação da herdeira, deparei-me com um filme destinado ao público infantil sem contraindicações para pais e adultos em geral. Ainda tem a vantagem de apresentar o veterano Martin Landau em interpretação arrebatadora como Gepeto e Udo Kier na pele do endiabrado e assustador Lorenzini, denominado Stromboli no Pinóquio da Walt Disney Productions. Segue apreciação escrita em 1996.






As aventuras de Pinocchio, o filme

The adventures of Pinocchio

Direção:
Steve Barron
Produção:
Raju Patel, Heins Bibo, Jeffrey M. Sneller
New Line Cinema, Savoy Pictures, Twin Continental Films, Pangaea Holdings, Dieter Geissler Filmproduktion, Allied Pinocchio Productions Ltd., Barrandov Studios, Cinevox Filmproduktion GmbH
Inglaterra, República Tcheca, EUA, França, Alemanha ― 1996
Elenco:
Martin Landau, Jonathan Taylor Thomas, Geneviève Bujold, Udo Kier, Bebe Neuwirth, Rob Schneider, Corey Carrier, Marcello Magni, Dawn French, Richard Claxton, Griff Rhys Jones, John Sessions, Jean-Claude Drouot, Jean-Claude Dreyfus, Teco Celio, Wilfred Benaïche, Erik Averlont, David Doyle, Vladimir Koval, Daniela Tolkien, Anita Zagaria, Liliyan Malkina, Václav Vydra, Petr Bednar, Stefan Weclawek ...Infantino, Zdenek Podhurský, Jirí Kvasnicka, Gorden Lovitt, Jan Slovák, Dean Cook, Joe Swash, Oliver Barron, Jake Court, Luke DeLeon, Kevin Dorsey, Thomas Orange, Sean Woodward, Jirí Patocka, Lída Vlásková, Pavel Kocí, Jerry Hadley, Gary Martin, Brian May, Spencer Proffer, Peter Malandrone, Justin Shirley-Smith, Jim Beach, Julie Glover, Peter Locke, Robert Lee, Suzanne DuBarry e os não creditados Michael Gregory, Wallace Shawn, Claudia Vaseková, Stevie Wonder.



O diretor Steven Barron, acima


Pinóquio (Pinocchio, 1940), produção dos Estúdios Disney dirigida por Ben Sharpsteen e Hamilton Luske, ainda ocupa a mais justa posição na história do cinema: é um incontestável clássico da animação. Não há como compará-lo a As aventuras de Pinocchio, o filme. São opções muito diferentes para igual ponto de partida: o livro escrito pelo italiano Carlo Collodi em 1883. Porém, segundo as lembranças do meu tempo de leitor mirim, a adaptação por conta de Steve Barron é mais fiel às pretensões originais.


Nos aspectos dramáticos e cinematográficos o trabalho de Barron guarda outras vantagens ― tanto sobre o produto da Disney quanto em relação ao cinema endereçado às crianças nos dias correntes. Primeiramente, As aventuras de Pinocchio, o filme é melhor resolvido na questão do humor e soube evitar os excessos de pieguice, fatalismo e tragédia causadores de incontáveis traumas em crianças e adultos expostos à animação disneyana. Em segundo lugar, ao ser estrelada por atores de verdade ― também de madeira (o personagem do título) e cartilagem (Pepe, o Grilo Falante criado por computação gráfica pela equipe de Jim Henson) ―, possui doses bem equilibradas e peculiares de sabor e encanto, atualmente tão ausentes dos contos e das produções cinematográficas ― salvo, provavelmente, os filmes A princesa prometida (The princess bride, 1987), de Rob Reiner, e O feitiço de Áquila (Ladyhawke, 1985), de Richard Donner ― que buscam o setor infanto-juvenil.


Gepeto (Martin Landau) durante a criação de Pinocchio

O boneco de madeira Pinocchio e Gepeto (Martin Landau)

Pinocchio


As qualidades mais vistosas de As aventuras de Pinocchio, o filme são imediatamente confirmadas pela fotografia que persegue acentuadamente o característico tom de época e pelo desenho de produção marcadamente europeu. Sem esquecer a calma da narrativa, fator que dispensa malabarismos de câmera e o apelo exagerado aos efeitos visuais típicos dos atuais congêneres estadunidenses. Na maioria das vezes, como se percebe facilmente em tantos filmes de agora, os aspectos mais cintilantes dos apuros técnicos e tecnológicos exigem alto preço a pagar: superficialidade dos roteiros e descerebramento dos personagens. O título de Barron possui efeitos especiais de primeira, presentes na aparência do Grilo Falante, na autonomia de movimentos de Pinocchio, e no nariz do personagem assustadoramente desenvolvido em consequência da mentira... Porém, não estão sobrepostos à história. Ao contrário, são acessórios plenamente ajustados. Conferem dinamismo na medida exigida pela fantasia. As aventuras de Pinocchio, o filme depende principalmente do trabalho normal dos atores. Em momento algum são ofuscados pelo maquinário que articula o boneco de madeira ou pelo grafismo computadorizado que permite vida ao Grilo Falante.


O Pinocchio de Barron é consequência do amor frustrado. Sem saber, Gepeto ― excelente caracterização de Martin Landau ― irá talhá-lo no mesmo tronco de árvore no qual, há muitos anos, registrou o jovem amor que sentia por Leona (Bujold). No entanto, o coração da moça não foi ocupado pelo tímido fabricante de brinquedos e marionetes. Recolhido na timidez, o pobre homem viveu solitário e enclausurado a maior parte da vida. Até gerar Pinocchio. A arteira e maravilhosa criatura tanto apronta a ponto de logo atrair a cobiça de vários escroques. Para defendê-la, Gepeto se vê na obrigação de romper os limites encapsulados de seu mundo ― algo que os pais geralmente fariam. Nessa batalha, o potencial humanizador do amor se revela ― inclusive para o boneco. Assim, é transformado em menino de verdade.


Pinocchio

Pinocchio apanhado na mentira


A realização descartou entidades mágicas como a Fada que deu vida ao personagem na encenação da Disney. Também mudou geografia. Os Alpes Suíços foram substituídos pela ambientação italiana recriada em estúdios de Praga.


No elenco, residem alguns dos principais trunfos da produção. Os personagens, de fato, são dignos de uma autêntica encenação de vaudeville, à qual parece propositalmente filiada a opção narrativa de Barron. Jonathan Taylor Thomas é um carismático Pinocchio na voz que empresta ao boneco de madeira e quando o faz como menino de verdade. A atuação de Martin Landau é discreta e, portanto, adequadíssima ao Gepeto humilde, solitário, triste, frustrado, paternal e intimamente repleto de bondade. David Doyle, em presença apenas vocal, atribui crível personalidade ao Grilo Falante ― fator que compensa a às vezes rígida movimentação da consciência do protagonista. O Gato e a Raposa, vividos respectivamente por Bebe Neurith e Rob Schneider, podem irritar. Porém, são bons complementos ao cumprirem com o esperado de malfeitores desprezíveis e capangas do vilão mor Lorenzini (Kier). Este ― denominado Stromboli na animação da Disney ― é a representação plena do mal, inclusive no plano gráfico: apresenta-se munido de todos os acessórios capazes de sugerir insanidade e pavor.


Pinocchio entre os vilões interpretados por Bebe Neuwirth e Rob Schneider

Lorenzini na interpretação de Udo Kier


Os efeitos especiais ― os convencionais e mecânicos quanto os puramente visuais decorrentes da computação gráfica ―, são de primeira linha e cumprem adequadamente a função acessória de encantar uma história de matriz acima de tudo literária. Ilustram a narrativa de forma a deixá-la agradável e palatável para as crianças ― às quais prioritariamente o filme é direcionado ― e adultos que não se sentirão deslocados ou infantilizados. A combinação de animação e ação viva garantida em qualidade pela equipe de Jim Henson consegue a proeza de captar os aspectos mais fantásticos do livro de Collodi e são completados por visuais e cinematografia sugestivamente ricos e imaginativos.


Pinocchio como menino de verdade (Jonathan Taylor Thomas), Gepeto (Martin Landau) e Leona (Geneviève Bujold)


No quesito musical as composições de David Goldsmith, Lee Holdridge, Rachel Portman e Craig Taubman são dinâmicas e completam o espírito da encenação, principalmente nos momentos em que o ritmo se faz mais lento sem chegar ao aborrecimento. Infelizmente, há o mal aproveitado suporte de canções de procedência pop. Definitivamente, não soaram bem. Fornecem um dos poucos pontos negativos da história, sobremaneira na voz de Steve Wonder. A queixa não decorre da má vontade com o intérprete, muito pelo contrário. Acontece que não faria falta, em absoluto.


Os atores Martin Laudau e Jonathan Taylor Thomas


Roteiro: Sherry Mills, Steve Barron, Tom Benedek, Barry Berman, com base na obra de Carlo Collodi. Casting: Irene Lamb, Annette Benson, Petr Hartl. Música: David Goldsmith, Lee Holdridge, Rachel Portman, Craig Taubman. Direção de arte: Ian Reade-Hill, Jirí Matolín, Tony Reading. Maquiagem: Walter Cossu, Bobo Sobotka. Direção de segunda unidade: John Stephenson. Produção executiva: Sharad Patel, Donald Kushner, Peter Locke. Desenho de produção: Allan Cameron. Montagem: Sean Barton. Direção de fotografia (cores, Panavision: Juan Ruiz Anchía. Coprodução: Dieter Geissler, Samuel Hadida, Tim Hampton, Michael MacDonald, Edward Simons. Coprodução executiva: Lawrence Mortorff. Scanner: Detlev Boos, Joachim Zell. Assistentes de montagem: Hermione Byrt, Charley Henley, Maria Walker. Coordenação da pós produção: Christian Martin. Assistente da pós produção: Jud Pratt. Representante do estúdio da pós produção: Bob Wenokur. Figurinos: Maurizio Millenotti. Penteados: Grazia De Rossi, Jirí Farkas. Supervisão de produção: Vaclav Eisenhamer. Gerente de unidade de produção: Nikolas Korda. Gerente de produção: Ondrej Slama. Supervisão da pós produção: Michael Solinger. Assistentes de direção: Chris Carreras, Gabreal Franklin, Martina Palková, Alice Ronovska, Hynek Svoboda. Segundos assistentes de direção: Martin Krauka, Cliff Lanning, Martin Sebik. Assistentes de direção da segunda unidade: Lionel Steketee, Charlie Watson. Aquisições para a produção pelo departamento de arte: Krissi Williamson. Assistente de direção de arte: Milena Koubkova. Desenho técnico: Adam O'Neill. Escultores: Peter Lee, David Stoten, Rufus Wilkes, Jim Buchan (não creditado). Storyboard: Adam Brockbank, Julian Caldow, Brendan Houghton, Douglas Kirk, Chris Knott, Ken Morrissey, Sharon Smith. Assistente da edição de som: Daniel Laurie. Assistente de ruídos de sala: Kevin Holt. Edição de diálogos: John Cochrane. Mixagem da reposição automática de som: Tommy Goodwin. Mixagem de som da segunda unidade: Colin Nicolson. Produção da mixagem de som: Petr Forejt. Ruídos de sala: Ron Davis. Som: Chris Nuttall. Supervisão da edição de som: Martin Evans. Composição de efeitos especiais: Jules Findley. Efeitos especiais: Dominic Tuohy, Simon Clutterbuck (Jim Henson's Creature Shop). Engenharia de animatrônicos: Richard Widgery (Jim Henson's Creature Shop/não creditado). Estagiário de efeitos especiais: Simon Quinn, Steven Warner. Estagiário em animatrônicos: Simon Rose (não creditado). Mecânicos de efeitos especiais: Simon Hewitt. Planejamento de animatrônicos: Chris 'Flimsy' Howes, Tim Jordan, Andy Roberts. Planejamento de modelos animatrônicos: Richard Darwin. Produção de efeitos especiais: Brigitta Peitz, Ralph Bibo, Werner Bibo. Supervisão de efeitos especiais de piso: Andy Williams (segunda unidade). Supervisão de efeitos especiais: Andrea Duyster, Garth Inns, Ruediger Thumann. Supervisão de efeitos mecânicos: Garth Inns. Técnico de efeitos especiais: Remi Brun. Técnicos em efeitos especiais de piso: Steve Crawley, Jeremy Lovett, Graham Povey, Roman Tudjarov, Jirí Vater. Titereiros: Craig Crane (Real Time Animation), Sue Dacre, William Todd-Jones, Claudia Vaseková, Mak Wilson. Animação stop-motion: Phil Dale. Animação: Paul Kavanagh (Framestore). Arte digital: Michael Hackl. Assistente de câmera em efeitos visuais: Andy Stevens (Magic Camera Co.). Assistente de efeitos visuais: Anthony Wonsoff. Chefe de produção em efeitos visuais: Courtney Vanderslice (Cinesite). Composição digital: Cathleen Klein, June LaVonne, Christof Wurzer, Aviv Yaron (Cinesite), Alexander Zind, Dietmar Deissler, Holger Delfs, Frank Richter, Barnaby Robson, Sue Rowe, Kurt Schulze, Edgar Silzer, Thomas Sterna, June LaVonne, Lodur Tettenborn, Niki Wakefield (Cinesite), Thomas Mueller, Mark Nettleton, Daniel Pettipher (The Magic Camera Company). Computação gráfica: Thomas Kutschera. Controle de modelos em efeitos visuais: Pat Conran. Coordenação da produção: Roma O'Connor (não creditado). Coordenação de efeitos visuais: Cheryl Willcocks, Chris Fitzgerald. Direção de fotografia da unidade de modelos: Nigel Stone. Direção de fotografia de efeitos visuais: Simon Margetts (não creditado), Marius Mohnssen. Direção de unidade de modelos em efeitos visuais: Steven Begg. Efeitos digitais: Catherine Tate (Framestore), Jonathan Privett. Efeitos visuais: Frederic Moreau. Fabricação de modelos em efeitos visuais: Jason Chalmers, Tim Meredith, Richard Thomas. Gerente de produção da unidade de modelos: Tim Field. Operador de dados em efeitos visuais: Charles Tait (não creditado). Operador de escaneamento e gravação em efeitos visuais: Jim Davey. Produção de efeitos digitais: Alex Bicknell, Drew Jones (Framestore), Annie Dautane. Produção de linha em efeitos visuais: Arnold Rock. Produção executiva em efeitos visuais: Antony Hunt (The Magic Camera Company). Supervisão de animação em computador: Phil Johnson. Supervisão de computação gráfica: Luc Froehlicher. Supervisão de efeitos digitais: Moritz Glaesle. Supervisão de efeitos visuais pela segunda unidade: Val Wardlaw. Supervisão de efeitos visuais: Angus Bickerton. Supervisão de escaneamento digital: Philip Campbell (Framestore). Supervisão digital bidimensional: Angus Cameron. Supervisão técnica em efeitos visuais: Ben Morris (Jim Hensons Creature Shop). Técnico sênior em efeitos digitais: Robert Duncan (Framestore). Coordenação de dublês: Georges Branche, Ladislav Lahoda. Dublês: Petar Buntic, Pavel Cajzl (/Martin Landau), Rok Cvetkov, Dusan Hyska, Radim Macha, Martina Vajdoher, Gemma Barron, Pavel Cajzl, Michael Cella. Assistente de coordenação de vídeo: Bob Bridges. Assistentes de câmera: Jan Boruvka, Gary Hutchings, Clive Mackey, Zdenek Mrkvicka. Assistentes de operadores de vídeo: Ben Koeller, Martin Lonek, Viktor Lonek. Direção de fotografia da segunda unidade: Mike Brewster. Eletricista-chefe da segunda unidade: Milan Jirsa (República Tcheca). Eletricistas da segunda unidade: Jaroslav Cermak, Václav Cermak. Eletricistas: Nikos Kalimerakis, Zdenek Mrkvicka. Eletricistas-chefes: Slavek Mikovec, Micky Reeves. Operador de câmera e steadicam: Klemens Becker. Supervisão de animação: Bibo Bergeron. Animadores: Sylvain Deboissy, Yannick Giaume, Alexandre Hesse, Sylvia Muller. Associado à produção de elenco: Robyn Knoll. Supervisão de figurinos: Giovanni Casalnuovo. Guarda-roupa: Bela Friedlová. Confecção de figurinos: Jitka Svecova. Teste de figurinos: Dita Valentinova. Gerentes de locações: Sarka Cimbalova (segunda unidade), Jiri Husak. Músicos: David Arch (piano), Tom Boyd (Oboé). Orquestração: Lawrence Ashmore, Jeff Atmajian. Intérpretes da canções: Jerry Hadley, Sissel Kyrkjebø, Jonathan Shell, Just William. Canções: Brian May (letra e música), Stevie Wonder (letra e música). Supervisão da produção musical: Spencer Proffer. Organização da orquestra: David Sabee. Direção musical: David Snell. Edição musical: Graham Sutton. Motorista: Václav Kocman. Administração de softwares: Georg Nolte. Assistente de produção: Jana Hrbková. Assistentes de contabilidade: Timothy J. Gorman, Jiri Tichacek, Tom Udell, Bonnie Weis, Susie Yamamoto. Assuntos legais: Alan Abrams. Continuidade: Sylvie Chesneau, Suzanne McGeachan. Controle de multidão: Richard Gironi. Coordenação da produção: Suzie F. Wiesmann. Finalização artística: Diane Staniforth. Intérprete: Vera Matousova. Lutas: Ivan Kristof. Planejamento de créditos: Simon Giles. Publicidade: Geoff Freeman. Companhias de efeitos especiais: CineMagic Film Effects GmbH, Cinesite, Effects Associates, Framestore, Jim Henson's Creature Shop, The Magic Camera Company, Medialab. Escritório de serviços legais: Law Offices of Alan Abrams. Fornecimento de câmeras e equipamentos correlatos: Panavision. Companhia de mixagem de som: SDDS Sony Dynamic Digital Sound. Sistema de mixagem de som: Dolby Digital SDDS Dolby SR. Tempo de exibição: 96 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1996)